terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

TEMPO DA QUARESMA


           Meus amados irmãos e irmãs e cristo, mais uma vez nossa Igreja Católica se prepara para vivenciar o tempo da Quaresma. Este termo deriva da palavra quarenta, isto é, são quarenta dias de penitência nos preparando para a grande celebração da Paixão e Ressurreição de Jesus. É, portanto um convite à conversão: “Convertei-vos, portanto e voltai a Deus, afim de que vossos pecados sejam perdoados” (At 3, 19).
A Quaresma tem abertura na Quarta-feira de Cinzas, onde todos os cristãos católicos são chamados a participar da Santa Missa na qual eles receberão as cinzas na cabeça, em sinal de penitência e com isso eles são convidado a uma profunda e radical conversão do coração, abolindo tudo o que não é do agrado de Deus. É mais que um simples gesto externo, corporal, é atitude, é compromisso consigo e com Deus. A esse respeito já dizia o profeta Joel: “Rasguem o coração e não as roupas” (Jl 2, 13). Era costume o povo de Deus no Antigo Testamento cobrir-se de cinzas e rasgar as roupas em sinal de penitencia. Jesus pede mais do que isso de nós.
Durante a Quaresma três caminhos de conversão são apontados pela Igreja: o caminho da Misericórdia ou esmola, o caminho do Jejum e o caminho da Oração. No caminho da Esmola, o cristão é chamado a agir de forma amorosa, com o coração na mão, em favor daqueles que passam por necessidades, visando o bem-estar, a justiça e o direito de todos. Nós que experimentamos a misericórdia de Deus somos chamados a agir com misericórdia para com os demais. Afinal foi o próprio Jesus que disse: “Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia” (Mt 5, 7).
Outro caminho é o Jejum. Este consiste em privar-se um pouco de bens materiais numa atitude de solidariedade com aquele que tem sequer o pão de cada dia em sua mesa, para sua família. É um gesto de solidariedade que ultrapassa o simples não se alimentar ou se alimentar pouco. É renúncia, sobretudo, do nosso orgulho e egoísmo em favor dos que nada têm. Já dizia o Profeta Isaías: “Sabeis qual é o jejum que eu aprecio? Diz o Senhor: é quebrar as correntes da escravidão, e dar liberdade aos oprimidos. É repartir o alimento com quem está com fome, é dar abrigo a quem não tem onde morar, é vestir o maltrapilho e não desviar-se dele” (Is 58, 6-7).
O terceiro caminho é o da Oração. Somos chamados pela oração a tocar Deus com fé para que sejamos transformados pela sua graça santificante. A oração abre-nos para a escuta de sua voz que nos fala sempre. Pela oração podemos dizer: “Fala Senhor, que teu servo escuta” (Sm 3, 10). O cristão deve sempre estar em oração, mas neste tempo, deve intensificar cada vez mais. A oração abre-nos a uma vida nova, vida esta que só em Deus podemos encontrar. Nossa oração deve ir além de simples palavreados, ou mesmo uma tentativa de suborno para com Deus, isto é, eu rezo e Deus é obrigado a me ouvir. Ela deve levar-nos a um encontro com Deus que se doa gratuitamente.
Estes três caminhos se vividos com intensidade pelos cristãos vai gerar outro caminho, a fraternidade. Ser fraterno é ser irmão e irmã, é respeitar o outro e lutar pelo seu bem-estar. É neste propósito que na Quaresma a Igreja lança anualmente a Campanha da Fraternidade.
“A Campanha da Fraternidade 2015 nos convida a refletir, meditar e rezar a relação entre Igreja e sociedade. O tema é “Fraternidade: Igreja e Sociedade”, e o lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10,45). A Campanha vai ajudar-nos a “aprofundar, à luz do Evangelho, o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, como serviço ao povo brasileiro, para a edificação do Reino de Deus”.
Sociedade vem de socius e id. Id, idade, que diz da força, vigor; força e vigor do Socius. Socius é o companheiro. A força que faz e deixa ser companheiro. Companheiros, os que, unidos pela mesma força e vigor, formam um grupo. Os que estão unidos pela mesma força e vigor formam a sociedade. As pessoas que têm mesma pertença e buscam viver e conviver com um modo
próprio de organização, formam uma sociedade. As pessoas também recriam a sociedade. Porque formada por pessoas, a sociedade é viva, se transforma. Uma sociedade é sociedade quando todos participam do conviver e do decidir e não permitem que uma pessoa seja excluída. Para que a sociedade possa existir e persistir, deixa-se guiar por valores fundamentais de Justiça,
de Fraternidade, de Paz.
O Concílio Ecumênico Vaticano II recordou que a Igreja é Reino de Deus, Povo de Deus. “Para cumprir a vontade do Pai, Cristo inaugurou na terra o Reino dos céus, revelou-nos Seu mistério e, por Sua obediência, realizou a redenção. O Reino de Deus, já presente em mistério pelo poder de Deus, cresce visivelmente no mundo”. “O Senhor Jesus iniciou a sua Igreja, pregando a Boa-Nova, isto é, o advento do Reino de Deus (...)." Este Reino manifestou-se lucidamente aos homens na palavra, nas obras e na presença de Cristo”. Com a vinda do Espírito Santo, poderíamos dizer que se completaram os tempos.
Assim, a Igreja é o novo Povo de Deus, a comunidade dos que creem. “Deus convocou e constituiu a Igreja – Comunidade congregada por aqueles que, crendo, voltam seu olhar a Jesus, autor da salvação e princípio da unidade”. Aqueles que têm seu olhar fixo em Jesus vivem na sociedade. Eles compõem com outras pessoas a sociedade. Os cristãos, como participantes da sociedade, levam seus valores e compromissos, ajudam a construir uma sociedade justa, fraterna e de paz.
A Igreja, as comunidades de fé, os cristãos, são ativos na sociedade. Eles, pelo diálogo e pela caridade, cuidam das pessoas que são excluídas da sociedade. Ao mesmo tempo, participam ativamente das discussões e proposições que visam o bem de todos. Como nos diz o Papa Francisco: “prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Não quero uma Igreja preocupada com ser o centro, e que acaba presa num emaranhado de obsessões e procedimentos. Se alguma coisa nos deve santamente inquietar e preocupar a nossa consciência é que haja tantos irmãos nossos que vivem sem a força, a luz e a consolação da amizade com Jesus Cristo, sem uma comunidade de fé que os acolha, sem um horizonte de sentido e de vida. Mais do que o temor de falhar, espero que nos mova o medo de nos encerrarmos nas estruturas que nos dão uma falsa proteção, nas normas que nos transformam em juízes implacáveis, nos hábitos em que nos sentimos tranquilos, enquanto lá fora há uma multidão faminta, e Jesus repete-nos sem cessar: ‘Dai-lhes vós mesmos de comer’” (Mc 6,37).
A Campanha da Fraternidade deste ano será uma oportunidade de retomarmos os ensinamentos do Concílio Vaticano II. Ensinamentos que nos levam a ser uma Igreja atuante, participativa, consoladora, misericordiosa, samaritana. Sabemos que todas as pessoas que formam a sociedade são filhos e filhas de Deus. Por isso, os cristãos trabalham para que as estruturas, as normas, a organização da sociedade estejam a serviço de todos. Na sociedade, a Igreja, as comunidades desejam seguir a Jesus: vim “para servir e dar a vida em resgate por muitos” (Mc 10,45).”
Vivamos com intensidade esta Quaresma no jejum, na oração e com misericórdia e sejamos fraternos, isto é, irmãos e irmãs a serviço da vida, saúde e bem-estar para todos.
TEXTOS PARA MEDITAÇÃO: Mt 5, 1-11; Jl 2, 12-17; Is 58, 1-12; Mt 6, 1-18; Mt 5, 1-11; At 3,11-24. Mc 10, 41-45.

Pe. Paulo José Castro Marinho.
Paróquia Nossa senhora do Rosário – General Sampaio, Ce.


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Ressoar Divino 2016 - Retiro de Carnval


No ultimo dia 09 de fevereiro aconteceu o encerramento do Ressoar Divino 2016, Retiro de carnaval realizado pelo Grupo de Oração Ação Divino (Rcc), Justamente Grupo de Oração Leão de Judá, e com apoio da Paroquia São Luiz de Gonzaga, Irauçuba-Ce. Este evento foi pensado para as famílias e os jovens
            O Ressoar Divino teve inicio no dia 06 as 06h00min na praça da igreja com o encontro dos jovens qual foram divididos em duas equipes, para participarem da Gincana em saíram em caminhada para a fazenda Fazendinha na zona rural do município lá aconteceu às provas. À noite no Colégio Paulo Bastos na Avenida Jorge Domingues teve inicio ao encontro aberto a toda a população e com participação massiva de jovens o encontro teve a presença dos seminaristas da paroquia e famílias que estavam em visita à cidade. Contando com apresentações artísticas do ministério de artes e com provas da gincana o evento seguiu-o durantes os três dias seguintes. No domingo teve santa missa e na segunda adoração.

            Tendo seu encerramento na terça-feira, teve sorteio de Seis prêmios que ajudaram nas despesas do evento, e para a surpresa geral a gincana que estava sendo disputado pelas equipes terminou em empate. Louvado Seja Deus por tudo que ocorreu e por toda a sua benção nas vidas de Muitos.